O único festival de cinema dedicado exclusivamente à exibição de filmes baseados em futebol no Brasil apresentou a sua décima edição nas últimas semanas, no Rio de Janeiro, Niterói, também em Belo Horizonte e São Paulo. Os amantes do futebol esperaram ansiosamente pela décima edição do Cinefoot, que acontece anualmente e é referência nos circuitos nacional e internacional de festivais audiovisuais, e tiveram a oportunidade de acompanhar 31 filmes, entre curtas e longas, gratuitamente. Confira os destaques do Cinefoot 2019.
Pelé, o Último Show (Itália)
O Rei do Futebol fez sua última partida como profissional jogando pelo Cosmos, dos Estados Unidos, diante de pouco mais de 35 mil pessoas em Portland, Oregon, em 1977. O documentário italiano, dirigido por Emanuela Audisio e Matteo Patrono, acompanha a trajetória de Pelé nos Estados Unidos, do momento de sua chegada até seu último título e sua despedida do futebol.
Nos Chamam Guerreiras (Venezuela)
O documentário sobre o período de invencibilidade na América do Sul, da equipe sub-17 feminina da Venezuela, em meio a situação de pobreza culminada pela situação política e o dilaceramento econômico do seu país. O êxito é um contraste que expõe ainda mais as histórias de superação das garotas, que além do enfrentamento de questões socioeconômicas, também travam uma batalha para a igualdade de gêneros no esporte.
A Culpa é do Neymar (Brasil)
A trama gira em torno de um garoto, com um pai que é botafoguense fanático, e que vive rodeado por camisas e lembranças do Botafogo, mas quer por ter Neymar como grande ídolo, decide secretamente torcer pelo Santos, cortando o cabelo como o do craque e tentando imitá-lo ao jogar futebol. Quando seu pai encontra revista e pôsteres do astro santista em seu quarto, eles param de se falar, com o pai se sentindo traído e magoado.
Radar, um Time! Uma Nação! (Brasil)
Em um Brasil dominado pela ditadura militar, o futebol feminino não era permitido, e sua autorização só aconteceu em 1979. A partir daí, um clube foi o precursor na modalidade, o Radar EC, que foi sucesso nos anos 1980, além de ter sido base para a seleção brasileira feminina da época. O documentário de Douglas Lima e Jefferson Rodrigues conta a história do clube, que além de lotar o Maracanã, representou uma nação.
25 Anos sem Dener (Brasil)
Foram poucos anos de uma carreira que prometia ser brilhante, finalizada violentamente e precocemente por um acidente de carro, há 25 anos. Os dribles desconcertantes, as arrancadas impressionantes e os gols do Reizinho do Canindé encantavam torcedores por todo país no início dos anos 90. Dener que foi revelado pela Portuguesa, ainda jogou por Grêmio, Vasco da Gama, e teve uma breve passagem pela seleção brasileira, antes que o trágico acidente tirasse sua vida com apenas 23 anos de idade, interrompendo a ascensão de uma jovem e talentosa promessa que não teve tempo de se consolidar.
Azul Escuro (Brasil)
O documentário de Gustavo Nolasco conta a história de Seu Lúcio, um cruzeirense que vive na Amazônia, e por pouco não se suicidou ao ficar cego. Ele se agarrou à sua paixão de infância pelo clube mineiro e começou a produzir um livro sobre a equipe para trazer sua alegria de viver de volta. Uma improvável obra do acaso levou a história do torcedor, do remoto local em que ele vive na Amazônia, até a torcida celeste, que o levou a uma emoção jamais imaginada antes.
A Família, com José Mourinho / The Making of (Inglaterra)
O documentário traz entrevistas exclusivas, discutindo momentos marcantes, que deram rumo a não só à sua carreira, mas também como afetaram a carreira de jogadores importantes, como Cristiano Ronaldo e Neymar. Há uma reflexão sobre suas táticas e gestão de grupo em comparação com Van Gaal, com quem Mourinho trabalhou no Barcelona, como assistente. Além de falar sobre o título da Liga dos Campeões de 2010, com a Inter de Milão.
