Há muitos grandes jogadores que nunca venceram uma Bola de Ouro, e a nossa série continua trazendo novos nomes que, cada um com sua particularidade, de certa forma, fizeram o suficiente para ganhar o prêmio, como reconhecimento de seu talento, mas que por um ou outro motivo, passaram a carreira sem conquistá-lo.
A lista que separamos, leva em conta alguns jogadores que, nos últimos anos, mereceram levar o prêmio em um ano específico, ou que pela grande carreira e reconhecimento que obtiveram mesmo sem o troféu.
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Edmundo
Apelidado pelo narrador Osmar Santos de Animal quando jogava pelo Palmeiras, pois Edmundo era habilidoso, de temperamento forte e indisciplinado e não podia ser domado. Ídolo do Palmeiras e do Vasco da Gama, o jogador era veloz, driblador e tinha um faro de gol apurado.
Muitos acreditam, até hoje, que Edmundo não foi eleito como o melhor jogador do planeta em 1997 porque jogava no Brasil, e não no mercado europeu. O jogador foi o principal jogador do Vasco na conquista do título brasileiro desse ano, no qual o atacante marcou 29 gols em 28 partidas e se sagrou o maior artilheiro de uma única edição do Brasileirão, até aquele momento, quebrando um recorde que já durava 20 anos.
O ano de 1997 foi realmente especial para o Animal, que marcou os seis gols do Vasco na vitória por 6 a 0 sobre o União São João, e isso porque ainda perdeu um pênalti. Nas semifinais do Campeonato Brasileiro, marcou também um hat-trick contra o Flamengo na vitória por 4 a 1.
Edmundo chegou a formar um trio mágico na Fiorentina, da Itália, com Rui Costa e Batistuta, que levou a equipe de Florença à terceira colocação na Serie A na temporada 1998-99. Mas seu temperamento explosivo encurtou sua passagem pelo clube italiano e ainda em 1999, ele já estava de volta ao Vasco.
Pelo Palmeiras, o atacante foi bicampeão Paulista, em 1993 e 1994, bicampeão Brasileiro, em 1993 e 1994, além de vencer o Torneio Rio-São Paulo de 1993. Pela Seleção Brasileira, venceu a Copa América de 1997 e a Copa Umbro de 1995, além de ser vice-campeão da Copa do Mundo de 1998.
Robben
Arjen Robben passou por grandes clubes em sua carreira, mas ficou marcado mesmo com uma lenda, na história do Bayern de Munique. Mas além dos Bávaros, o jogador venceu títulos com as camisas de PSV, Chelsea e Real Madrid.
Robben foi um jogador rápido, com um controle de bola acima da média, de drible fácil e de chute preciso. Canhoto, ficou caracterizado por suas jogadas pela extrema direita do campo, com o famoso corte para o meio e o chute colocado na gaveta, que todos sabiam que ia acontecer, mas que ninguém conseguia parar.
Pelo clube alemão, formou uma dupla infernal com Ribery, que vinha pela outra ponta e abriam defesas com facilidade. A dupla fez tanto sucesso que recebeu um apelido: Robbery.
Robben também se destacou pela Seleção Holandesa, a qual serviu de 2003 a 2017, fazendo 37 gols em 96 partidas. Ele foi vice-campeão da Copa do Mundo de 2010 e terceiro colocado da Copa de 2014, vencendo o Brasil na disputa de terceiro lugar.
Robben colecionou troféus por onde passou, com dois títulos pelo PSV, seis títulos pelo Chelsea (incluindo duas Premier Leagues), dois títulos pelo Real Madrid (sendo uma La Liga), e absurdos 20 títulos pelo Bayern de Munique (com destaque para um Liga dos Campeões, uma Supercopa da UEFA e oito títulos da Bundesliga).
O mais próximo que Robben chegou do prêmio de melhor jogador do mundo foi em 2014, quando ficou na quarta colocação.
Batistuta
Gabriel Omar Batistuta, o Batigol, também conhecido como Anjo Gabriel, era um atacante raro, de qualidade indiscutível. O centroavante possuía características imprescindíveis para um jogador de sua posição, com ótimo cabeceio, ambidestro e de chute potente e preciso, um senso de posicionamento aguçado, e uma boa arrancada em espaços curtos. Era um jogador que sempre demonstrava muita raça e tinha disposição de brigar por todas as bolas, do início ao fim das partidas.
Com uma carreira marcada no futebol italiano, Batigol passou por Newell’s Old Boys, River Plate e Boca Juniors, antes de chegar à Fiorentina, onde se tornou lenda, tendo jogado no clube de 1991 a 2000. O atacante se tornou uma lenda da equipe de Florença, onde se tornou o maior artilheiro da história do clube.
O argentino deixou a Fiorentina rumo à Roma em 2000, sonhando em ganhar a Serie A. E logo na primeira temporada, ajudou a equipe da capital a conquistar o título da liga italiana, que não vinha desde 1983, marcando 20 gols na campanha.
Batigol serviu a Seleção Argentina de 1991 a 2002, tendo marcado 56 gols em 78 partidas. O atacante era o maior artilheiro da história da Argentina até 2016, quando foi superado por Lionel Messi. Ainda assim, a média de gols por partida de Batistuta é superior à de Messi, 0,72 a 0,51, respectivamente.
Pela Fiorentina, Batistuta foi campeão da Serie B em 1993-94, da Coppa Italia em 1995-96 e da Supercoppa Italiana em 1996. Pela Roma, conquistou a Serie A em 2000-01, e a Supercoppa Italiana em 2001. Pela Seleção Argentina conquistou a Copa das Confederações de 1992, e as Copas América de 1991 e 1993, sendo que esse foi o último título profissional conquistado pela Albiceleste até hoje.
Batistuta chegou próximo ao troféu de melhor jogador do planeta em 1999, atrás de Rivaldo e David Beckham.
