Há muitos grandes jogadores que nunca venceram uma Bola de Ouro, e a nossa série continua trazendo novos nomes que, cada um com sua particularidade, de certa forma, fizeram o suficiente para ganhar o prêmio, como reconhecimento de seu talento, mas que por um ou outro motivo, passaram a carreira sem conquistá-lo.
A lista que separamos, leva em conta alguns jogadores que, nos últimos anos, mereceram levar o prêmio em um ano específico, ou que pela grande carreira e reconhecimento que obtiveram mesmo sem o troféu.
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Franco Baresi
Um dos maiores defensores de todos os tempos, Franco Baresi é um dos raros casos nos quais o jogador passou a carreira inteira no mesmo clube, desde a estreia no profissional até a aposentadoria. O zagueiro se tornou lenda do Milan e da Seleção Italiana.
Durante as 20 temporadas que vestiu a camisa do Milan, foi o capitão da equipe em 15. O jogador ainda foi votado como o maior jogador do século da equipe Rossoneri, em uma votação em 1999, e teve sua camisa, número 6, aposentada pelo clube.
Um zagueiro completo, que apesar da baixa estatura para a posição, se posicionava muito bem e tinha grande impulsão. Era inteligente, rápido, forte e era incansável dentro de campo. Sabia sair jogando, tinha visão de jogo e passe preciso, e com sua técnica apurada, sabia distribuir o jogo a partir da linha defensiva.
Baresi serviu a Seleção Italiana de 1982 a 1994, e participou de três Copas do Mundo, sendo que sua pior colocação foi o terceiro lugar em 1990. Ainda foi campeão em 1982 e vice em 1994, contra o Brasil, lembrando que ele ainda foi um dos que perderam pênalti na decisão. Além das dezenas de prêmios individuais, pelo Milan foi campeão da Liga dos Campeões três vezes (1988–89, 1989–90, 1993–94), duas vezes do Mundial de Clubes (1989, 1990), duas vezes da Supercopa da UEFA (1990, 1994), seis vezes da Serie A (1978–79, 1987–88, 1991–92, 1992–93, 1993–94, 1995–96), entre outros.
Baresi foi o sexto colocado na premiação de melhor jogador do mundo em 1991.
Manuel Neuer
Tido como um dos melhores goleiros de todos os tempo, Neuer ainda tem 34 anos e joga pelo Bayern de Munique, clube que defende desde 2011. Vitorioso tanto por clube, quanto pela Seleção Alemã. Considerado um goleiro completo, assim como moderno, o jogador ainda pode conquistar muita coisa na carreira, elevando ainda mais seu nível.
Um goleiro alto, forte, rápido, com reflexos apurados, visão de jogo, sabe sair do gol com precisão, e muitas vezes atuou como um décimo jogador de linha, ajudando na troca de passes da equipe, e muitas vezes saindo da área em velocidade para cortar lançamentos e matar contra-ataques. Além da segurança de baixo das traves, o goleiro ainda é um exímio pegador de pênaltis.
O jogador tem defendido a Seleção Alemã desde 2009, sendo titular e campeão da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Pelo Bayern de Munique, venceu a Liga dos Campeões (2012–13), do Mundial de Clubes (2013), da Supercopa da UEFA (2013), oito vezes da Bundesliga (2012–13, 2013–14, 2014–15, 2015–16, 2016–17, 2017–18, 2018–19, 2019–20), além de dezenas de prêmios individuais.
O goleiro foi o terceiro colocado na premiação de melhor jogador do mundo em 2014, atrás apenas de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
Raúl González
Não há como falar em Raúl e não associar automaticamente seu nome com o Real Madrid, clube para o qual dedicou 16 anos de carreira profissional, além de dois anos da base, vindo do rival Atlético de Madrid, que na época havia decidido acabar com suas categorias de base. Raúl pe lenda do Real e da Seleção Espanhola.
Raúl é o segundo maior artilheiro da história dos Galácticos com 323 gols, tendo sido superado recentemente por Cristiano Ronaldo, que marcou 450 gols pelo clube de Madrid. O atacante era decisivo, e podia jogar e, qualquer lugar na linha de ataque com eficiência, tanto centralizado quanto aberto pelas pontas, ou de segundo atacante, e por vezes, na meia. Canhoto e habilidoso, tinha um chute potente e preciso, era técnico e controlava a bola com maestria, além de se posicionar bem e ser perigoso também nas bola alçadas. Além do número impressionante de gols anotados, Raúl também era ótimo em assistências, criando inúmeras situações de gols para seus companheiros.
Pelo Real, o atacante ganhou a Liga dos Campeões três vezes (1997–98, 1999–2000, 2001–02), o Mundial de Clubes duas vezes (1998, 2002), a Supercopa da UEFA (2002), a La Liga seis vezes (1994–95, 1996–97, 2000–01, 2002–03, 2006–07, 2007–08), entre outros títulos. Raúl ainda foi campeão em todos os clubes pelos quais passou após sair da equipe de Madrid, pelo Schalke 04, Al Sadd e New York Cosmos, onde encerrou a carreira após vencer a tríplice coroa em 2015.
Além das dezenas de prêmios individuais, Raúl é o jogador com o maior número de jogos disputados com a camisa do Real Madrid, e é um dos poucos jogadores na história a nunca ter recebido um cartão vermelho em toda a sua carreira. O atacante foi o terceiro colocado na premiação de melhor jogador do mundo em 2001, sexto em 2002 e oitavo em 2003.
