Cada circuito de Fórmula 1 tem suas particularidades, seu próprio estilo ou significado, por isso, não é uma tarefa fácil decidir qual delas é a mais memorável. Há uma série de fatores que podem ser mais decisivos para uns ou menos decisivos para outros quando se prepara uma lista dessas. Levando em conta essa subjetividade e que 70 pistas diferentes foram utilizadas desde o início da F1, nos anos 1950, nos baseamos em momentos inesquecíveis que aconteceram nos circuitos, a história da pista e o desafio apresentado aos pilotos. Essa pequena amostra a seguir traz os circuitos mais marcantes da Fórmula 1, na nossa concepção. Boa leitura.
Spa-Francorchamps, Bélgica
O circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, é facilmente uma das mais belas pistas presentes no circuito de Fórmula 1. Ela tem uma rica história e conduz eventos esportivos significativos, e a corrida de F1 aqui é um desse eventos mais aguardados do ano. Originalmente construída em 1920, passou por várias reformas ao longo dos anos, mas atualmente tem uma capacidade de 70.000 lugares. A extensão da pista é de 7 km e consiste em 18 curvas.
Somente Monza, Mônaco e Silverstone tiveram mais grandes prêmios do que Spa na história da competição. No fim dos anos 1960 houve um boicote contra o circuito, devido ao alto número de pilotos fatalmente acidentados nos anos anteriores, e não foi até 1983, e após modificações significativas, que o Spa voltou ao calendário da Fórmula 1. A pista já não é tão exigente quanto era antes, mas continua sendo um destaque no calendário para todos os pilotos.
Silverstone, Inglaterra
Silverstone é o mais antigo circuito da Inglaterra, localizado perto do condado de Northampton Shire. A pista tem aproximadamente 6 km de extensão e 18 curvas, contando com uma capacidade para 150.000 espectadores, uma das maiores do circuito de F1. As curvas proporcionam um nível levado de desafio, e os pilotos devem ter cuidado mesmo quando dirigem em velocidades consideradas mais lentas para a categoria.
O circuito passou por numerosas transformações ao longo dos anos, mas sempre foi uma referência para os fãs do automobilismo, desde seus dias após ter sido transformada de uma antiga base de aeródromo, até os dias de hoje. Sua aparência já foi mais agradável para os pilotos, mas ainda é empolgante, e há alguns anos, ficou famoso pelo acidente de Michael Schumacher, que quebrou sua perna em 1999 em Silverstone. Sem dúvidas esse é um dos circuitos mais marcantes da Fórmula 1.
Mônaco, Principado de Mônaco
Outro belo circuito da Fórmula 1, é charmoso, com uma ótima pista de rua e vistas deslumbrantes. Um dos únicos circuitos de rua, localizado dentro do município de Monte Carlo, é uma mistura sedutora de beleza e aventura. Utilizado desde 1929, é considerada uma pista desafiadora para os pilotos, por conta das ruas estreitas e as curvas excepcionalmente difíceis, faz com que os pilotos tenham que se deslocar a velocidades muito baixas, às vezes até caindo para 60 km/h. É, na verdade, o último circuito de rua verdadeiro, ao estilo antigo, na F1.
Mônaco traz glamour, prestígio e, talvez o mais importante hoje em dia, todos já ouviram falar dele, quer saibam ou não o que é F1. E do ponto de vista de fãs e espectadores, quando uma ultrapassagem ocorre, geralmente é muito especial. Mas, há pouco espaço para os modernos recursos de segurança, as retas não são longas o suficiente. Não há dúvidas que Mônaco é um dos circuitos mais marcantes da Fórmula 1.
Interlagos, Brasil
A primeira corrida de Fórmula 1 em Interlagos foi realizada em 1973, alguns anos depois, foi considerada uma das pistas mais perigosas do mundo e foi abandonada em 1980. Mas algumas modificações e a implementação de procedimentos de segurança garantiram seu retorno à Fórmula 1 em 1990 e, tem sido um dos principais circuitos desde então. Com uma capacidade superior a 60.000 espectadores, o comprimento do circuito está consideravelmente reduzido, de 7 km para apenas 4 km agora. O número de curvas foi reduzido de 26 para 15, assim como suas curvas mais perigosas e de certa forma marcantes, tais como o S do Senna.
No início da década de 2000, o Brasil foi, na maioria das vezes, o anfitrião da final da temporada e, como tal, tem inúmeras memórias relacionadas ao circuito. A dramática ultrapassagem de Lewis Hamilton para conquistar o título de 2008, com Felipe Massa, emocionalmente destrupido no pódio após vencer a corrida, mas perdendo o título por um único ponto. Jenson Button comemorando cantando “We are the Champions” na rádio de sua equipe. Fernando Alonso selando ambos os títulos em 2005 e 2006. Mas nenhum desses momentos se compara com o maior da história, quando Ayrton Senna ganhou seu primeiro Grande Prêmio do Brasil em 1991 e ficou emocionalmente e fisicamente exausto, teve que ter ajuda para se mover e sair do carro e, quase não conseguiu levantar o troféu no pódio.
Monza, Itália
O Autódromo de Monza foi inaugurado em 1922 e, desde o início da F1, é o recordista do maior número de GPs realizados. Tem uma capacidade de mais de 100.000 espectadores, o melhor da pista é que ela permite aos pilotos que permaneçam em altas velocidades ao longo dos 5 km, com reduções ocasionais de velocidade nas 11 curvas.
A Itália é a casa da Ferrari, a casa da Fórmula 1. Seja os carros de F1 dos anos 50, correndo ao redor do trecho oval inclinado da pista ou os carros mais velozes, modernos, comendo o asfalto de Monza, ele exala tudo o que é F1. A pista é tão icônica quanto o vermelho da Ferrari ou o capacete amarelo de Senna. Monza pode não ser a pista mais complicada da F1, mas é o circuito que mais apareceu no calendário, com exceção de 1980, quando o GP da Itália foi realizado somente em Imola. Esse é, com certeza, um dos circuitos mais marcantes da Fórmula 1.
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